“Ai dos que ao mal
chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade;
põem o amargo por doce e o doce por amargo!”. Is 5.20
Os valores morais não estão fazendo mais diferença.
No mundo atual, a maioria dos cristãos abraça a
pós-modernidade com suas concepções iníquas, ficando, dessa forma, insensíveis
diante das coisas divinas e agindo na contramão bíblica. A inversão de valores
espirituais está se tornando uma doença crônica no meio evangélico,
principalmente por uma corrente teológica de uma ala dos neo pentecostais.
O profeta Isaías denunciou a atitude daqueles que fazem das
trevas luz e da luz trevas; do amargo doce e do doce amargo (Is 5.20). Os que
postulam essa inversão de valores estão debaixo de um “ai” de maldição.
A corrupção e a decadência dos valores morais tornaram-se
tão gritantes que os homens não apenas se distanciaram da verdade, mas tornaram
a verdade em mentira e a mentira em verdade. Vejamos três áreas em que essa
inversão de valores acontece.
1. A inversão de valores na teologia – Há
um notório, assustador e célere desvio teológico e doutrinário nos últimos
tempos. No século XIX o liberalismo teológico varreu as igrejas na Europa e na
América do Norte. Muitos seminários de referência, que formaram pastores,
missionários e teólogos de grande envergadura foram tomados de assalto pelos
liberais. O liberalismo teológico, que nega a inerrância e suficiência das
Escrituras entrou nas cátedras, subiu aos púlpitos e dispersou as ovelhas.
Vemos hoje templos se transformando em museus e o velho mundo tornando-se um
continente pós-cristão. Por outro lado, vemos também florescer o misticismo e o
sincretismo na igreja contemporânea. Práticas com laivos do misticismo pagão,
como sal grosso, lenços ungidos, campanhas de prosperidade e cura estão sendo
introduzidos na prática religiosa brasileira, até mesmo dentro daquelas igrejas
chamadas evangélicas. A pregação fiel das Escrituras está ausente em muitos
púlpitos. As doutrinas da graça foram trocadas por outro evangelho. O lucro é o
vetor que governa muitas igrejas. Nesses redutos o evangelho está sendo transformado
num produto, o púlpito num balcão, o templo numa praça de negócios e os crentes
em consumidores.
2. A inversão de valores na ética – Estamos
assistindo o desbarrancamento da virtude, a falência da ética e o colapso dos
princípios morais. O homossexualismo está sendo aplaudido e incentivado sob os
auspícios das autoridades políticas e a promoção da imprensa. A corrupção
política torna-se endêmica e sistêmica. O cenário público é assaltado por
ratazanas esfaimadas sem piedade. Os conchavos nos bastidores do poder desviam
polpudos valores para as contas insaciáveis dos ladrões de colarinho branco,
deixando o povo desassistido de esperança. A impunidade incentiva o crime e
abastece a conta bancária dos corruptos. O narcotráfico multiplica seus
tentáculos assassinos, desafia a lei e impõe um regime de terror ao povo. Os
positivistas estavam enganados quando pensaram que o problema do homem era
apenas ignorância. A educação, embora vital, não transforma o homem. O jornal A
TRIBUNA publicou uma matéria no dia 12/06/08, mostrando como jovens
universitárias, em nossa cidade, entregam-se à prostituição. Não basta ao homem
informação, ele precisa de transformação.
3. A inversão de valores na família – A confusão
teológica e o colapso da virtude em nossa sociedade atingiram profundamente a
família. O divórcio está crescendo espantosamente até mesmo entre casais
crentes. Só na terceira idade, o divórcio cresceu 56% na última década. O concubinato
é visto hoje como coisa natural, a ponto de algumas pessoas considerarem o
casamento como um estorvo para a felicidade conjugal. Cresce epidemicamente a
infidelidade conjugal. Os jovens que pleiteiam uma vida casta e se posicionam
contra a prática do sexo no namoro são hostilizados como uma geração jurássica.
As telenovelas brasileiras no afã de retratar a realidade induzem o povo a
práticas perniciosas, destruindo ainda mais a já fragilizada relação familiar.
Precisamos nos voltar para Deus e sua Palavra. Precisamos
emendar nossos caminhos e nos arrependermos de todo o nosso coração. Então,
experimentaremos uma vida bem-aventurada e abundante.
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