Russel D. Moore
Eu acho que testemunhos pessoais, como parte da adoração
cristã, são boas coisas a se fazer. E eu acho que nós precisamos mais deles.
Pergunto-me, porém, se às vezes nosso testemunho pode involuntariamente
capacitar Satanás ao invés de combatê-lo.
Através de um “testemunho”, é claro, quero dizer o
compartilhar de um crente da história de como ele ou ela chegou à fé em Cristo.
Quase todas as igrejas evangélicas têm algo ao longo nesta sentido. Se não for
um testemunho verbal lá no púlpito, essas histórias ainda tendem a aparecer de
outra forma. Às vezes elas estão em um vídeo exibido durante a oferta ou uma
ilustração na pregação do pastor. Às vezes eles estão em nossas revistas
evangélicas ou sites. E, claro, nós talvez na maioria das vezes encontramos
nosso testemunho ao cantarmos juntos (por exemplo “Amazing Grace”)
O problema, porém, é optar por realçar os testemunhos que
nós julgamos ser “dramáticos”. Apresentamos o testemunho do ex-alcoólatra que
diz: “Desde que eu conheci Jesus, eu nunca mais bebi” ou o ex-viciado em
apostas que nunca faltava na mesa de poker. Conversões como essas acontecem
algumas vezes e nós devemos dar graças a Deus quando acontecem.
Mas esse tipo de libertação não são mais milagrosas do que o
testemunho mais típico dos bêbados arrependidos, que dizem: “Toda vez que ouço
um tilintar de gelo num copo eu tremo com o desejo, mas Deus é fiel e me mantém
sóbrio.”
Agora, eu sei por que evitamos esses testemunhos
aparentemente hesitantes. Afinal, a questão toda é dar esperança para aqueles
que estão lutando. Nós não queremos o bêbado lá fora para ver o seu futuro
como, potencialmente, uma luta ao longo da vida com a tentação de beber. Não é
muito mais libertador para ele ouvir o testemunho de quem diz, com a velha
música gospel, “It was there by faith I received my sight, and now I am happy
all the day?” [Foi lá pela fé que recebi visão, e agora sou feliz por todo o
dia]
A vida Cristã nunca
promete liberdade da tentação. A vida Cristã promete a liberdade da escravidão
do pecado e da condenação que vem com ele. Isto é apresentado no evangelho como
uma luta, a partir de agora até a ressurreição dos mortos. Se as Escrituras são
assim tão honestas, devemos ser também.
Além disso, há várias pessoas em nosso público, e devemos
protegê-las com a visão do evangelho que nós projetamos. O bêbado arrependido,
que ainda quer beber pode concluir que ele realmente não é recebido por Jesus,
que sua tentação é prova de que ele está predestinado ao alcoolismo. Aquele
casal que corta todos os seus cartões de crédito, porque eles sabem que vão
gastar todas as linhas de crédito que eles têm, podem concluir que não são
“espirituais” o suficiente para seguir a Cristo, porque eles ainda estão em
guerra com os seus apetites.
Se Satanás não pode chamar as pessoas ao pecado e, portanto,
a morte, ele vai levá-los ao desespero, porque suas luta contra a tentação não
se dissipou. Não deixe as pessoas com uma mensagem de condenação, quando o
evangelho promete liberdade.
Sim, celebrar aqueles que escaparam das garras do pecado.
Mas não basta fingir que isso significa uma fuga da tentação. Até mesmo o
ex-bêbado que não quer mais álcool (e não são muitos) só tem a tentação de se
mudar para alguma outra área. Vamos celebrar também o pecador que quer o que
ele não quer querer, mas que morre para si mesmo, pega a sua cruz e segue a
Cristo.
Pode ser que Deus liberte alguém instantaneamente do apetite
para o que ele ou ela é atraído. Mas normalmente ele nos habilita de
combatê-la. Isto pode continuar por quarenta dias, durante quarenta anos, ou
para uma vida inteira. E tudo certo. Entretanto, vamos estar lá para levar a
carga um para o outro.
Satanás odeia o evangelho, e ele odeia o testemunho da
graça. Vamos ter certeza que nosso povo (e seus acusadores demoníacos) ouçam a
mensagem inteira. A tentação não é imediatamente anulada pela conversão. Mesmo
sem pecado nosso Senhor Jesus foi tentado. A graça de Deus nos conduz a Cristo,
e depois se junta a nós para ele na zona de guerra.
Isso é doloroso. Crucificação sempre é. Mas é a graça, e,
por mais forte que a luta seja, é incrível.
Tradução: Pr.Vagner Moraes/
A PAZ DO SENHOR JESUS,
ResponderExcluirESTE ARTIGO É DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA PERGUNTAS QUANTO A LIBERTAÇÃO DE INDIVÍDUOS. "INSTANTÂNEO OU NÃO" O QUE É CERTO É QUE ELE VEIO PARA LIBERTAR OS CATIVOS E CABE A ESTES LIBERTADOS, MANTER-SE FIRME EM SEUS PROPÓSITOS DE VENCEREM SUAS TENTAÇÕES, MANTENDO A PALAVRA DE DEUS COMO ENTENDIMENTO DE COMO VENCE-LAS. Pr. Marcelo Pereira (este é o blog da sede ) http://igrejapentecostalprojetovidasede.blogspot.com.br/