‘mulher mais feia do mundo’ usa a fé para superar o
preconceito'.
Imagine descobrir um dia que existe um vídeo no YouTube com
fotos suas e o título “a mulher mais feia do mundo”. Tudo piora quando o vídeo
alcança 4 milhões de acessos. Você contata a pessoa que postou, que sequer te
conhece e pede que ela remova, mas essa pessoa recusa.
Foi exatamente isso que aconteceu com Lizzie Velasquez, uma
americana de Austin, Texas, de 23 anos. Ela nasceu com Síndrome Neonatal de
Progeróides, uma doença genética rara que a impede de ganhar peso. Somente três
pessoas no mundo sofrem com essa anomalia que impede a pessoa de engordar.
Atualmente, Velasquez pesa apenas 26 quilos e seu organismo
não consegue adquirir qualquer gordura corporal. Por causa de sua magreza, o
seu sistema imunológico é bem mais frágil do que o de uma pessoa comum. Como
seu metabolismo é diferente, a jovem precisa comer algo a cada 20 minutos para
ter uma vida quase normal. “Já visitei vários médicos diferentes durante toda a
minha vida e, simplesmente, não há respostas”.
Além disso, nasceu cega do olho direito. Infelizmente, desde
pequena, Lizzie sofre bullying por causa da doença e o apelido de “a mulher
mais feia do mundo” ainda a persegue. Ela conta que recebe e-mails ofensivos
por causa da aparência. “Eu sou humana. É claro que essas coisas me magoam. Mas
não vou deixar que isso me limite”, desabafa.
Superação e fé
Contudo, ela não se trancou em casa sentindo pena de si
mesma. Velasquez tomou o caminho inverso. Decidiu enfrentar o bullying de
frente e começou a dar palestras nas escolas sobre o tema. Em pouco tempo
chamou atenção da mídia e apareceu em vários programas de TV. Lançou um site
para fazer campanhas contra o bullying na internet. Também é autora de três
livros sobre o assunto. O mais recente chama-se Be Beautiful, Be You (Seja
bonita, seja você mesma).
Em entrevista à revista Charisma, Velasquez conta que grande
parte de sua força vem da decisão que tomou de entregar sua vida a Cristo. Ela
afirma que sua fé a permite suporte melhor tudo, desde o desprezo dos outros
até suas enfermidades físicas.
“Tem sido a minha rocha para atravessar isso tudo, preciso
sempre de um tempo para ficar sozinha, orar e falar com Deus. Sei que Ele
sempre estará lá para mim”, conta. Formada recentemente na Universidade do
Estado do Texas, ela diz que este ano tentará romper mais limites. “Mesmo
quando parece que as coisas nunca vão melhorar, que os tempos são muito
sombrios, se você tiver fé e continuar a insistir, poderá vencer qualquer
obstáculo”.
Fonte: Gospel Prime